quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Alfabetização de crianças com Síndrome de Down





Muitos professores têm dúvidas quanto à escolarização das crianças com Síndrome de Down. Embora apresentem comprometimento intelectual e, normalmente demorem um pouco mais no estágio silábico, as crianças com síndrome de Down conseguem se alfabetizar. Para conseguir o objetivo, os professores não devem planejar suas atividades pensando em suas limitações, mas na superação delas.
É importante que as aulas obedecem a uma certa rotina de atividades e o professor deve ter claro que a criança com Síndrome de Down irá demorar um pouco mais na execução de cada atividade. Além disso, necessitará de um acompanhamento mais atencioso, mais próximo, principalmente no início da escolarização.
Como acontece com quaisquer outras crianças, é necessário que o professor saiba exatamente em que nível do processo de alfabetização a criança se encontra e, a partir desse conhecimento, ofereça tarefas em que ela seja desafiada e, ao mesmo tempo, consiga compreender o que está sendo solicitado.
Paralelamente, certifique-se que haja cooperação entre os colegas e, aos poucos,  a criança vá adquirindo confiança e desenvolva a autonomia.
Use sempre materiais concretos, de fácil manuseio. O material escolar deve ser adaptado, como lápis mais grossos, por exemplo. Hoje em dia, o mercado oferece uma grande variedade de materiais.
Utilize recortes (de palavras começadas ou terminadas por determinada letra, por exemplo) e colagens.   Sempre que possível, utilize jogos e trabalhe com a ludicidade (jogos da memória, quebra-cabeças, etc)
Assegure-se que o restante da turma terá um comportamento de acolhimento e respeito, e que a criança com Síndrome de Down não deixará de participar de momentos coletivos por demorar mais tempo nas atividades em sala.

 

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Autonomia na Aprendizagem

Fonte da imagem: https://4daddy.com.br/

Uma questão importante levantada por pais, especialmente quando os filhos apresentam dificuldades de aprendizagem, é: "A partir de quando devemos deixar/esperar que a criança faça suas tarefas escolares para casa sozinha?"  A resposta é "A partir de quando a criança traz tarefa para realizar em casa".
O aprendente, seja qual for sua faixa etária, precisa "aprender a aprender", ser "autônomo" no seu processo de aprendizagem. De forma alguma, isto significa abandono dos pais e educadores ou que precise realizar as tarefas sozinho. 
Nas tarefas escolares, o papel dos pais é definir um local e horário adequados para os pequenos estudarem em casa (mesmo que não tenham tarefas para casa), manterem-se presentes e atentos às dificuldades mas, jamais fazer as atividades pelas crianças. 
Se estas apresentam dificuldades, devem ser auxiliadas a refletir sobre o problema, mas não ter alguém que realize a atividade por elas. O processo de aprendizagem acontece pela interação com o(s) outro(s), entretanto, o aprendizado é solitário, individual. E aprender demanda tempo/espaço/planejamento/esforço!
Aprendentes, de qualquer faixa etária, precisam estabelecer um vínculo com o objeto de aprendizagem e não podem se tornar dependentes de alguém que faça a "ponte" entre eles e estes objetos perpetuamente. 
Daí,  ser necessário buscar apoio profissional nas dificuldades, de modo que a autonomia e auto-confiança sejam estabelecidos, sem necessidade de uma "muleta", de um apoio constante nas atividades e exercícios, sejam na escola ou em casa.